Padre Geovane Saraiva*

Assim sendo, o homem participa da magnífica e misteriosa realidade celestial, à medida que participa da vida de Cristo, que na sua morte e ressurreição, aos olhos da fé, o vemos confundindo-se com Deus, e Deus mesmo envolve a criatura humana no inquestionável mistério. Pela obediência de Jesus, ao morrer na cruz, dá-se o acabamento da vontade de Deus em toda a sua plenitude, entendida no homem Jesus, que se encontra com Deus.
Constata-se, a partir dessa afirmação, um céu inequívoco, quando fé e amor se entrelaçam, andam juntos. Não é uma realidade distante e dissociada, só repositório da morte. É algo perto, sim, mas que, pela vivência do batismo, inicia-se aqui neste mundo, à medida que o ser humano se configura com Jesus de Nazaré e com Ele entra na sua lógica, resoluto e seguro da promessa de novas criaturas.
Entendendo-se aqui a Igreja — Corpo de Cristo — no mistério de sua magnitude cristológica, mas sem esquecer de sua grandeza eclesiológica, que, ao se tratar da pessoa humana, também é socialmente vasta, muito viva na linguagem simbólica do banquete nupcial, concreta, quando a comunidade dos batizados participa e se alimenta na mesma mesa, na ceia eucarística, prenúncio e antecipação de novo céu e nova terra, na realização da salvação de todos em Deus. Amém!
*Pároco de Santo Afonso e vice-presidente da Previdência Sacerdotal, integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza – geovanesaraiva@gmail.com
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O mundo reconciliado em Cristo